segunda-feira, 23 de novembro de 2009

# 13

Todos gostamos de receber presentes, surpresas que nos deixam 'with head over hills'. Mas não será ainda melhor dar? Pensar na supresa, no que é a melhor coisa para aquela pessoa, no que a vai fazer feliz, no que vai fazer decididamente a diferença. Tudo começa com um plano muito bem desenhado do que queremos, depois reunimos os cúmplices e então temos o crime perfeito.
Uma prenda bombástica que arrebatará o aniversariante.
Foi o que aconteceu este fim de semana. Depois de semanas e semanas de emoção, contenção e mentiras encapotadas, demos a mais linda das cadelinhas à Marta. Ela ficou em choque. Em transe emocional e acho que muito contente. É muito bom dar e receber em troca a mais sincera e descomprometida alegria.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

# 12 Cronenberg

Ontem fui ao Estoril Film Festival ouvir e ver David Cronenberg. Os filmes não eram novos e não foi para assistir a uma grande estreia que lá fui. Fui porque é sempre bom ouvir os próprios. Ouvir as motivações, ouvir a mensagem escondida no filme, ouvir as inquietações, os medos, as inseguranças, conhecer as influências e sentir de perto quem cria.
E fui surpreendida.
Não se pode propriamente dizer que Cronenberg seja o meu realizador preferido. Fez muitos filmes que gostei muito e nos quais reconheci o rasgo de uma identidade, a brutalidade de uma estética e a força do choque. Ao mesmo tempo, Cronenberg conseguiu muitas vezes perturbar-me e sufocar-me nos temas orgânicos e 'marados' que escolhe para os seus filmes. Portanto queria ouvi-lo, mas não esperava muito. Não porque esperasse pouco, mas porque não esperava nada.
Repito: fui surpreendida.
A simplicidade, humildade e objectividade com que se apresentou e com que falou do cinema e da sua criação conquistaram-me. Ouvi um homem determinado e resolvido que, com graça e inteligência, nos mostrou como enfrenta a rotina, como leva a indústria, os egos e as normais dificuldades de quem conjuga várias paixões e necessidades numa só vida. Sem qualquer pose de artista arrogante (aliás para ser mais correcta, de pseudo-artista arrogante, porque estou certa que ele é um artista) respondeu a todas as perguntas com paciência e vontade de partilhar. A vontade de partilhar de quem já viu e passou por muita coisa e de quem sabe quem é. Sem medo de concorrências, de ameaças ou de opiniões divergentes.
Gostei muito e agora percebo ainda melhor porque Cronenberg tem o seu nome inscrito na lista dos realizadores mais influentes. Continua sem ser o meu realizador preferido (também não consigo nomear um se me pedirem), mas não esquecerei esta conversa nocturna tão sedutora. Que bom que é ouvir quem tem algo para nos dizer e sentirmo-nos tocados sem estarmos à espera.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

# 11

Os saltos altos fazem parte da lista de fétiches masculinos que encorpora também um fétiche feminino inegável. Não há como negar a elegância que uns belos tacões (ou saltos como se diz em Lisboa :) dão a qualquer mulher.
A roupa mais singela e simples ganha um glamour especial quando bem complementada com uns vertiginosos - ou não - sapatos. Mas também o outfit mais elaborado não sobrevive sem uns sapatos à altura.
Mas os sapatos por sí só não fazem milagres.
É preciso saber usá-los, saber andar nas alturas e saber bambolear ao verdadeiro estilo de uma estrela de cinema. Acreditem que pode estar ao alcance de qualquer uma: basta alguma prática e, por favor, algum bom gosto. Não tenho nada contra os sapatos rasos, muito pelo contrário, mas mulher que é mulher usa uns belos 'tacones' de vez em quando. E além de agradar homens e mulheres, ainda sentimos uma confiança extra e o poder especial de quem acabou de crescer uns centímetros. Que o diga o Almodovar no seu famoso 'Tacones Lejanos'.